domingo, 10 de novembro de 2013

Designer instrucionais... Isso realmente existe?


Fonte da imagem: http://www.tout-aide.info/
A palavra DESIGN é o falso cognato da língua portuguesa que mais prejudica os profissionais da área, já que muito longe de ser um “desenho”, o projeto gráfico é fruto de uma série de etapas, com previsões descritas dentro de uma metodologia que deve ser seguida em todos os trabalhos, sendo, portanto, insensato o confuso uso semântico que se faz hoje da palavras: design, designer e projeto gráfico, fazendo surgir figuras, que raramente possuem uma formação acadêmica profissional se intitulando “designer de algo” como se cada tipo de trabalho da área fosse capaz de criar no mercado uma nova classe profissional.
Para aqueles que passaram quatro anos de suas vidas em uma Universidade de Desenho Industrial, seja ela gráfica ou de produto, é completamente desestimulante perceber que o mercado ainda não sabe o que faz afinal um Designer, confundindo-o com um desenhista, que pode ser inclusive, o filho do vizinho que tem um “traço de artista”, ou aquele parente que está desempregado, mas possui “um grande talento para desenhar” e sabe mexer no Photoshop. Penso que atualmente, depois da “criação do web-designer”, sem necessidade de ser formado em Desenho Industrial Gráfico, as necessidades nascidas das plataformas de EaD está fazendo surgir um novo tipo de "especialista": o Designer Educacional, que como o anterior, parece também não necessitar de formação academica  convencional, basta ter algumas “habilidades” com web, com vídeos, etc, e eis o profissional “formado”!
Ora meu querido leitor, se passarmos essa realidade para outras profissões, verificaremos que isso não acontecer e jamais alguém aceitaria esse tipo de “arranjo”. Quem contrataria para construir um prédio, um especialista em construção que nunca cursou Engenharia? Quem iria a um ginecologista que nunca cursou Medicina? Logo, porque se criam tantos “designers” que nunca fizeram uma Universidade de Desenho Industrial e ainda “criam” nomes para esses profissionais como se eles, de fato existissem e fossem reconhecidos pelo MEC?
Logo, estejam certos que o profissional que desenvolve projetos para WEB, não é um web-designer, assim como um Designer Educacional não pode ser alguém que tem apenas "alfabetização digital", porque essa é apenas uma das várias opções especialização, que deve ter a formação acadêmica em Desenho Industrial Gráfico como pré-requisito. Qualquer coisa diferente disso, gerará projetos com erros crassos, que impedirão o bom desempenho dessas plataformas. Eu pessoalmente já vi váaaaaaaarios ;)
Vamos tomar como exemplo do que pontuei acima o curso de Designer Instrucional do Senac, e encontraremos como pré-requisito dessa especialização apenas que:


"O curso destina-se a graduados em qualquer área do conhecimento, que possuam fluência tecnológica no uso de conhecimentos computacionais básicos (pacote Office) e usos da internet (e-mail, buscas, upload/download etc.), que atuem ou tenham interesse em atuar no desenvolvimento de projetos de cursos oferecidos pela internet."
Continuado dentro do raciocínio anterior, isso quer dizer que: Se você tem experiência em segurar crianças, cortar cordão umbilical, dar palmadas para ativar a respiração dos nascituros e possui nível superior completo, você pode ser um ginecologista. O que concluímos que: parteiras são pessoas sem formação superior em qualquer área do conhecimento humano que não fizerem essa especialização. :D


Como Designer Gráfica sou completamente a favor da "alfabetização digital", que oferece ao docente maior capacidade de planejamento didático com apresentações mais atraentes, entretanto, as instituições que oferecem cursos em plataformas EaD não podem mais deixar nas mãos desses "especialistas genéricos" o projeto gráfico principal de seus cursos, porque isso além de demonstrar descaso, com certeza essa é uma economia, que ao longo do uso apresentará várias falhas, algumas inclusive, comprometedora do bom aproveitamento dos alunos e professores. Portanto, a espinha dorsal de um projeto de EaD ou de qualquer outro que envolva pré-requisitos técnicos de projeto, precisa ser realizado por um alguém que possua graduação em Desenho Industrial. Ele será o único profissional habilitado a deixar diretrizes que orientarão os demais profissionais envolvidos nesse processo a se utilizarem dela para montar seus recursos individuais, como: tecnólogos da comunicação, professores, coordenadores, desenhistas, etc.


Suely F.  Designer Gráfica, também formada em Letras, fazendo especialização em Ensino a Distancia.(desculpem, mas não deixo meu nome completo online). :)

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