terça-feira, 28 de setembro de 2010

Libras para todos!



"Não há como dimensionar o tempo em que a humanidade repete as mesmas ações cometendo os mesmos erros e se deixando levar pela certeza que farão a diferença. A diferença é uma ilusão, simplesmente porque ela não se perpetua, ela se dissolve no ar como grãos de areia..." (BENEDETTO, Geani Carla Di)


Após quase um século de perseguição e marginalidade, finalmente os códigos que compõe a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS passam a ser reconhecidas como uma forma de linguagem, tão natural e viva quanto o nosso português nativo. Foi através da persistência das escolas “clandestinas”, que esses sinais (codificados a partir da Língua de Sinais Francesa) não foram eliminados da nossa sociedade.
Nossa sociedade não é composta apenas de “ouvintes”. Existe um grande numero de pessoas que foram excluídas de seus direitos políticos e civis por não serem consideradas “normais”, mas afinal, o que é ser “normal”? Até pouco tempo atrás, para nossa espécie, que até já foi à lua, ser “normal” era pertencer à maioria, mas de que estamos falando afinal, de seres humanos, classificados individualmente como únicos na natureza ou de bois de abate que se organizam em “manadas acéfalas” de iguais?
Infelizmente, em pleno sec. XXI, vivendo na “era digital” do conhecimento amplo, nossa sociedade ainda precisa de “leis” para incluir em nossa vida aqueles que por alguma razão, durante milênios, foram considerados “imperfeitos”. A Lei 10.436, de 24 de abril de 2002 dá oportunidade ao surdo de ser aceito, valorizado e respeitado em sua particularidade como “pessoa normal”, incluindo-o em nosso dia-a-dia, como alguém capaz em todos os setores sociais e econômicos, podendo desenvolver o interesse pelo aprendizado da forma oral da língua portuguesa (atualmente não é uma obrigação legal para pessoas surdas), o que o transformaria em bilíngue.
Antes de ser promulgado por lei, alguns cursos ofertavam LIBRAS como disciplina optativa, a partir de 22 de dezembro de 2005, o decreto-lei 5.626, em seu artigo 3º, determina que a Libras seja inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O sentido prático disso é: proporcionar uma organização política que avance no sentido de superar a marginalização, trazendo o surdo para os espaços que o enxerguem como cidadãos, rompendo com estereótipos que ameaçam sua acessibilidade, principalmente, a uma educação de qualidade.
A inclusão da LIBRAS no currículo de um curso básico exige o desenvolvimento de faculdades de comunicação na língua, não a fluência ou a competência profissional para o exercício da tradução/interpretação, como ocorre em cursos mais avançados. O objetivo é desenvolver uma nova maneira de se comunicar, ampliando a capacidade expressiva daqueles que vão exercer atividade de comunicação e didática, para que eles se solidarizem e passem a respeitar as diferenças, levando os indivíduos surdos a uma maior integração social entre aqueles que ouvem e desejam que essa comunicação aconteça.



Fontes:
·         Inclusão e Excludente
·         Lei 10436/02
·         Decreto 5626/05
·         Grupo Moitara
·         Medicina - UFMG - noticias
·         Artigonal - Entendendo Libra
·         http://www.libras.org.br
·         FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS - Gladis Perlin e Karin Strobel (Centro de Comunicação e Expressão / UFSC - curso de licenciatura em letras-libras)



domingo, 26 de setembro de 2010

Filosofando a Educação...

“Assumir posições significa estar comprometido com o mundo e disposto a participar, lutando contra o trabalho degradante, a submissão política, a alienação da consciência, as exclusões injustas e as diversas formas de preconceito.”  (Filosofia da Educação – Aranha, Mª Lúcia de Arruda)




1.     O que é ser professor hoje?


Atualmente, a prática pedagógica está focada para a reflexão e superação da atividade de meramente transmitir conteúdos. É preciso que o trabalho pedagógico se realize também dentro da formação ética, social e política, tornando útil para a sociedade a assimilação do conhecimento transmitido. Para que isso ocorra, o professor deve olhar para a sala de aula como um momento de realização de um projeto que foi anteriormente pesquisado, estudado, definido, planejado e programado em todas as suas etapas.
Cada professor é responsável pela forma como a sociedade o vê dentro do processo de ensino. Foram anos de amadorismo e desmotivação que resultaram no atual quadro de desvalorização profissional, financeira e a consequente baixa de rendimento escolar.
Repensar a verdadeira função do professor na sala de aula é ir além de repetir formulas preestabelecida de ensino. É compreendê-las, repensá-las e adaptá-las à realidade individual e única que é cada sala de aula.
A liberdade é fruto do conhecimento e do acúmulo de experiências que se transformam na capacidade responsável e consciente de tomar decisões. Sem conhecimento social, político, histórico, pedagógico e de conteúdo, o professor torna-se um ser vazio, mero repetidor de formulas e palavras não conectadas a um sentido cognitivo prático, prejudicando o processo de aprendizagem ao invés de se tornar-se dele, o principal facilitador.



2. O que cabe à escola?

Quando pensamos na  escola, pensamos que a ela cabe ensinar, e a ensinar bem.

        O que é ensinar bem?

        É conseguir reproduzir naquele indivíduo de tal forma que ele seja formado para um convívio na sociedade em que vive, reproduzindo assim a educação, a contribuição do educador.
       
Quando pensamos no professor na escola imaginamos que em todo tempo ele esteja desempenhando o seu papel de educador, não somente na sala de aula. Mas não é bem assim que acontece, quando se pensa que ele só irá desempenhar sua formação de professor dentro da sala de aula. Nesta é o lugar que ele se encontra mais evidente a realizar todo o seu papel, passando seu conhecimento, ou seja em sua totalidade. Mas vemos que nos corredores da escola, na hora do intervalo, na sala de professores ele também possa realizar seu papel de “educador” dando um bom exemplo de comportamento, seja não ensinando vícios: como fumar, não jogando o papel no chão, estando na sala de aula no horário correto, o professor é espelho na formação de seus alunos, por isso a maioria das crianças já brincaram de ser professoras, de ter alunas ainda que bonecas, ou de até declararem que desejariam ser quando crescerem, pois o professor passa a ser um espelho, passa conhecimento, é alguém que tem ensinado, contribuído para a formação dessa criança. 



3. Qual o significado da expressão:

A escola deixará de ser lecionadora” para ser “gestora do conhecimento”.

O singinificado principal é o fato da escola ter deixado de trabalhar apenas o conteúdo através de método mecânico passando a ser um gestor de conhecimento, adaptando-se a nova realidade do dia-a-dia, organizando-se melhor e se adequando novas tecnologias tenta recuperar a distância entre aluno e professor criada pelo ensino impessoal, tecnicista.
 A escola inova ao perceber que pessoas aprendem uma com as outras e que essa troca de informações e conhecimento também é importante para alcançar objetivos pedagógicos. Com essa nova interação, o professor faz com que o aluno aprenda compreendendo de verdade e no seu próprio ritmo, com isso, ele tem autonomia para traçar seu caminho de conhecimento e aprendizagem, porque estará realmente apto e capacitado para realizar qualquer trabalho com eficiência, pois tem conhecimento, dinamismo e capacidade para planejar e realizar trabalho.



4. Qual o papel do professor de filosofia?