terça-feira, 25 de maio de 2010

Sobre mudanças...

     
    Os avanços tecnológicos trouxeram diversas mudanças para o ser humano, inclusive, a aceleração da própria mudança. É que quanto mais rápido a informação circula, mais rápido a sociedade reage a ela. Não é preciso voltar muito no tempo para perceber isso. Até uns 30 anos atrás (estamos em 2010), quando ainda não existia celular, Internet e apenas a televisão encarregava-se de trazer as “novidades” para seus telespectadores passivos (em geral obesos), as mudanças não nos pressionava tanto como hoje. Aliás, a era da TV criou algumas gerações condicionada a receber tudo pronto e sem precisar raciocinar ou interagir.

    A chegada da Internet acelerou nosso processo evolutivo, principalmente por fazer com que a informação circule a velocidade de um pulso e ao contrario da TV, exige raciocínio, interatividade, leitura, busca, resultado e ação. É bem provável, que as futuras gerações sejam de hiperativos, pessoas multitarefa, capazes de gerenciar em um só dia, todo o conhecimento que na Idade Media, era adquirido em uma vida inteira. Também é bem possível, que seremos bilíngues, não necessariamente em línguas naturais como Inglês, Frances, Chinês, mas em “internetes”. Sim, um idioma nascido da necessidade de socializar que possuímos desde o nascimento das primeiras civilizações. Uma espécie de Esperanto digital.
    Sobreviver a essa velocidade de mudanças é hoje o grande desafio da humanidade. Principalmente para àqueles mais resistentes à mudança (que sempre foi maioria). As novidades se acumulam diariamente de uma forma tão veloz, que em breve, precisaremos refazer nossas bases filosóficas criadas na Grécia antiga e utilizadas com propriedade até os dias de hoje, como o Mito da Caverna de Platão, tão pertinente durante todos esses anos, em breve não terá um sentido compreensível, porque a novidade espantosa será exatamente aquilo que ainda não mudou, não o que provoca mudanças.
Talvez estejamos presenciando agora, o nascimento de uma nova era. Um tempo que será possível olhar para trás e dizer: “eles viviam assim” como sendo algo completamente absurdo e ultrapassado, mas até lá, é preciso entender e sobreviver a essas mudanças.




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