terça-feira, 25 de maio de 2010

Direitos Humanos e Pluralidade Cultural



“A luta pela sobrevivência seleciona os mais aptos, mais fortes e mais espertos, e elimina os menos dotados. As características que facilitam a sobrevivência são transmitidas aos descendentes, firmam-se e identificam uma nova espécie. As espécies vivem em constante evolução”. (Charles Darwin)

    A história do ser humano é marcada pela eliminação simbólica e/ou física do “outro” Independente de cor, raça, origem ou religião e apesar da miscigenação brasileira, o padrão estético e social mais aceito no Brasil continua a ser o europeu, ou seja: Homem, branco, heterossexual e bem sucedido financeiramente.
    O processo de negação do “outro” é fruto do imaginário social, por possuir pré-estabelecido, conceitos do que é ser belo, ser homem, ser bom, ser importante, etc. No Brasil a situação é ainda mais complexa devido o discurso que todo brasileiro é fruto de um intenso processo de miscigenação que resultou num país diversificado e culturalmente harmônico. Porém, as relações cotidianas mostram situações preconceituosas, discriminatórias e racistas contra mulheres, índios, homossexuais, afro-descendentes, etc. em diversos segmentos da sociedade.

    Estudos revelam que independente da pluralidade cultural, existe três tipos básicos de seres humanos:
  • Ser Condicionado: não desenvolve personalidade própria, não percebe ou interage com o mundo em que vive. São fisiológicos e condicionados ao meio externo. Aceita sem questionar, as imposições sociais, culturais, política e religiosa. (mão-de-obra braçal).
  • Ser Inteligente, mas condicionado: são capazes de compreender e adquirir conhecimentos, mas continuam condicionados ao meio externo. Apesar de possuir personalidade própria e crítica, têm pouca iniciativa (mão-de-obra qualificada).
  • Ser inteligente e livre: percebe tudo e tira conclusões próprias. Possui senso crítico, lógica, razão, personalidade forte, opinião, iniciativa e liderança (líderes e transformadores sociais)
    Considerando os aspectos anteriormente expostos, conclui-se que, para uma abordagem eficaz na redução das diferenças, é preciso atividades criativas que estimulem a razão, a formação de opinião e a consciência crítica com objetivo de:
Fazer conhecer a diversidade cultural brasileira em sua origem para que o respeito pelas diferenças seja entendido como direito de todos;
Evidenciar a contribuição histórica de diferentes povos, raças e cultura na formação da identidade nacional;
Perceber hábitos e atitudes que reforcem a discriminação, o preconceito, e desenvolver práticas de repúdio à intolerância de qualquer característica individual ou social como: origem, etnia, raça, religião, opção sexual e outras;
Denunciar e estimular a denuncia de qualquer violação dos Direitos Humanos, como forma reduzir a impunidade e de exigir respeito para todos;
Apontar as desigualdades sociais como consequência da omissão dos próprios brasileiros e da falta de uma política socioeconômica eficiente e não como sendo uma realidade comum e natural a todos os países;
Valorizar o convívio democrático, o respeito mútuo e a promoção da paz.


BIBLIOGRAFIA:
· MOREIRA, Antonio F. B. : CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo. 1ª Ed. Petrópolis. Vozes, 2008.
· Qualidade Educacional - Temas Transversais - SENAI - Mauri L. Heerdt
· Diversidade na Educação: como indicar as diferenças? - 228 p. : il. – (Coleção Educação para Todos, Série Avaliação ; n. 8, v. 25)
· Conceitos de gênero, etnia e raça: reflexões sobre a diversidade cultural na educação escolar - Juliana Keller Nogueira, Delton Aparecido Felipe, Teresa Kazuko Teruya (UEM)
· MANUAL DO CONHECIMENTO GERAL - Ciências Humanas – João Favoreto.


1 comentários:

E.M disse...

Todo ser humano é capaz de mudar,seja para o bem ou mal.seria bom se tudo fosse voltado so para o bem e para o progresso do nosso pais

Postar um comentário